3 de maio de 2013

Sobre o amor e seus clichês.


     Desde sempre fomos influenciados pelas histórias com felizes para sempre. Enquanto éramos crianças, tudo bem, todas nós sonhávamos em nos transformar em princesas, beijar o sapo e casar com um príncipe na última página do livro. Só que obviamente, quando a gente se apaixona por aquele menininho da 2ª série, a gente acha que vai ser ele o amor da nossa vida. E não é. E aí entra um menino novo na sala, mas não é esse também. E aí você descobre o guarda-roupas da sua mãe e esquece esses pirralhos.
     Até aí ok. Depois de um tempo, você começa a achar aquele menino do terceirão, último ano de escola, fuck yeah, interessante. E começa a procurar em todas as redes sociais TUDO sobre ele, inclusive as biscates com quem ele anda. Porque aí minha amiga, fora você e suas aliadas, o resto é biscate! E como tudo nessa vida tem sua primeira vez, lá vem o seu primeiro fora, pé na bunda, coração partido, como você quiser chamar.
     Parece que tudo acaba, e que nunca mais vai haver outro igual a ele, e você jura nunca mais se apaixonar. Porque se não for esse, não vai ser mais ninguém. Ah, se você soubesse quanta coisa tem pela frente, pararia de chorar agora. Mas não dá, todo mundo tem que passar por isso, como se fosse um ritual.
     Aí você vai pro Facebook, curte milhares de página sobre como os homens são canalhas, como as mulheres são lindas, gostosas e autosuficientes, e fica enxendo meu feed de notícias com essa choradeira escondida. Tudo bem, eu entendo você. Fiz isso no Orkut e suas comunidades.
     Mas a questão toda, é que existem esses clichês que nos enxem de expectativas a respeito de algo tão passageiro e simples. O amor não é complicado, a gente que é.
     Quem disse que pra ser amor tem que ser príncipe num cavalo branco, que tem que ter sorriso que brilha e cabelos mais sedosos que o seu? Quem disse que pra ser amor tem que ser um cara bem sucedido, com carro do ano, todo malhado e que te dê flores todos os dias? Agora, confessa vai, você já esperou por isso. E a história é sempre a mesma, sempre o mesmo ciclo: expectativa, emoção, borboletas (eca!) no estômago, biscate, coração partido, todas chora. Né?
     Só acho que é tanta necessidade e urgência, que as qualidades e características que fazem do seu amor algo único e perfeito pra você, são passadas batidas, e aí, você pode procurar a vida toda que o sapo nunca vai se transformar no que você quer.
     Porque é aquela velha história de sempre, o amor é simples, nós que somos complicados.




"Pode ser que eu a encontre, numa fila de cinema, numa esquina ou numa mesa de bar...."

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