10 de outubro de 2012

E o que você quer ser quando crescer?


     Sabe quando você começa a rever fotos antigas, tanto em redes sociais quanto naquela caixa guardada no fundo do armário? Qual a primeira coisa que vem a cabeça? - "Bons tempos." ou "Tudo era tão fácil nessa época". Quem nunca olhou uma foto de quando era criança e sentiu vontade de voltar no tempo, que atire o primeiro coração. 
     Impossível não querer voltar naquele tempo em que a nossa maior decisão era assistir Tom & Jerry ou Piu Piu e Frajola. Em que a nossa maior preocupação era de fazer uma tarefa e arrumar a mochila pro dia seguinte. Onde a única divisão de amizades eram entre meninos e meninas, e olhe lá! Época em que todo mundo era igual, e que se media quem era mais legal pela quantidade de canetas gel que se tinha na mochila ou a quantidade de tazos adquiridos no recreio. 
     Não sei você, mas quando criança a gente quer ser gente grande. Sabe como é, usar salto alto e maquiagem, sair na rua sem precisar dar a mão pro pai, poder escolher a própria roupa... Quanta ingenuidade! Se soubéssemos o que é ser gente grande, ficaríamos presos na infância. Não que eu esteja reclamando da fase atual, mas se formos comparar, acredito que você irá concordar comigo. 
     E quando nos perguntavam: o que você quer ser quando crescer? Médico, Super Herói, Bombeiro, Modelo, Professora, Princesa...Podíamos querer ser qualquer coisa e tudo era possível ser! Ai de quem discordasse! 
     Eu sempre pensei que queria ser professora ou modelo, mas confesso que moda sempre falou  muito forte. Nunca pensei em fazer essa faculdade de Administração. Meu negócio era sentar na sala de costura da minha mãe, e assistir ela e vovó costurando a tarde toda. Enquanto eu, obviamente, tinha meus próprios retalhos e fazia as roupas das minhas bonecas, todas vestidas exclusivamente por mim! A cada peça, era um orgulho apresentar pra quem quisesse ver minha obra de arte. Como não podia mexer na máquina, fazia nózinhos e assim, transformava pedaços insignificantes de tecido em brilho no olhar. 
     Talvez se me perguntassem hoje, ainda hesito em dizer o que quero ser. Eu quero ser tudo ao mesmo tempo. Professora e Rainha de Copas, Médica e Modelo, Dona de casa e Executiva. Quem disse que é errado querer ser tudo? Deveria ser errado ser uma coisa só. Nunca se deve limitar a algo, definir-se em palavras. O que importa é o ETC. que podemos ser. O que te impede de ser um super herói e o que te obriga a ser mais um qualquer no mercado? 
     Se a cada novo dia que surge a  gente optasse por algo diferente, por menor que seja, estaríamos construindo algo novo e único nessa eterna arquitetura de quem somos nós. Mas confesso que sou vítima de um tal de comodismo, que talvez seja o grande empecilho da vida humana. É preciso disciplina e muita prática, pra desviarmos das peças que o bendito nos prega, para que possamos nos reinventar sempre.
     Estamos sempre na busca de algo. Nunca nos contentamos onde estamos, queremos sempre chegar mais longe. E eu, particularmente, acho isso muito positivo. Não se pode parar. Já dizia Raul que a cabeça não aguenta se a gente parar. Então, não pare nunca! Nem por uma poeira nem por uma montanha. Queira sempre mais. Mude, todos os dias. Seja um super herói se for isso que você deseja ser. E o mais importante: acredite que tudo é possível se você quiser. 
     E quanto a você meu amigo, o que você quer ser? 

Um comentário

  1. Bom era esse tempo mesmo, repetindo o que tu disse, não reclamando do tempo de agora, mas lá a gente sonhava mais, a gente ERA mais, e sem medo de ser feliz..
    A gente se contentava com 10 copos de água na tua piscina de 1.000 litros!
    A gente dançava super melhor que qualquer um dos bailarinos de Sandy e Junior!
    A gente fazia roupas, maquiagens, penteados, e desfilava muito melhor que Gisele!
    Eu dormia na tua casa, e um lençol por cima de duas cadeiras era uma cabana numa floresta perigosa!
    Bolacha com nescau era o que a gente tinha para sobreviver!
    kkkkkkkkk
    nossa, bateu muuita saudade disso tudo!
    ainda bem que a gente mantém contato até hoje, e sei lá.. trocamos as cadeiras por barracas de verdade, com dois 'heróis' para nos proteger, e a bolacha com nescau virou sushi..
    kkkkkkkk
    Mas é muito bom saber que participei dessa infância, e posso continuar fazendo parte da tua vida agora!
    e toca Rauuuuul!

    ok, chega, me empolguei no comentário..
    Beeijo Nadi!
    te amo muito!♥

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